sábado, 22 de janeiro de 2011

Guerra por poder

A competição é cada vez mais acirrada no mercado de tecnologia e, até por isso (não que devesse ser assim), acaba sendo muito farto em troca de farpas entre CEOs e ocupantes dos mais altos cargos nas grandes empresas.

O objetivo é quase sempre desvalorizar o produto do rival e, claro, dizer que o melhor é o que produz. Quando o concorrente é muito poderoso, aí vale até falar mal da empresa. Vale tudo, como pode-se observar na relação a seguir. Confira.

Ninguém vai comprar iPhone



Substituto de Bill Gates no comando da Microsoft, Steve Ballmer nunca teve muito cuidado com aquilo que diz, bem diferente do aposentado Gates. Em uma de suas polêmicas mais famosas, disse, em 2007, que ninguém pagaria US$ 500 por um telefone que não tem sequer teclado.

O único problema é que o telefone ao qual Ballmer se referia era, nada mais nada menos, do que o iPhone, a então recente inovação da Apple e que hoje é um baita sucesso da empresa de outro Steve falastrão, o Jobs.

Estima-se que a apple tenha vendido cerca de 100 mi de iphones em todo o mundo.

Flash para quê?



Falando nele…quem não se lembra dos ataques do poderoso da Apple à Adobe e seu Flash? Em loooonga carta publicada em abril do ano passado no site da Apple, Steve Jobs elencou todas as razões que levaram sua empresa a ter desistido de usar o Flash em iPhones, iPods e iPads.
No comunicado, o chefe da Apple provoca sutilmente a Adobe, dizendo que o Flash é algo anacrônico para o setor de plataformas móveis. “O Flash foi criado durante a era PC e para PCs, mas a era móvel é sobre dispositivos que gastam pouca energia, com interfaces sensíveis ao toque e padrões abertos da web, todas áreas em que Flash é inferior”.

Apple é o inverso do Google




Assim definiu o CEO do Google, Eric Schmidt, durante uma aparição no fim de setembro do ano passado em San Francisco, EUA.
O executivo declarou que ao apresentar um aplicativo à Apple, ela tem de aprová-lo e que é sempre necessário usar os meios deles (Apple) de monetização e distribuição. Por isso, concluiu: “isso não seria aberto. O inverso seria aberto.” Como o Google? Ao que parece, esse foi o recado.

Não contente, durante a conferência anual TechCrunch Disrupt Schmidt questionou a avaliação da Apple com relação ao…Flash, ferramenta que Jobs não dá a menor pelota.

“Alegaram que Flash é um problema, mas nós amamos Flash, e o Flash tem ido muito bem no Android. Isso é um exemplo de abertura. Deixe o usuário decidir. O usuário pode decidir [entre] HTML5 ou Flash”, disparou.

Cofundador da Apple diz que Android dominará o mercado



Aqui, digamos que seja um caso raro. Anormal até, de alguém dizendo que o produto rival é melhor do que o do seu grupo. O autor foi o falastrão cofundador da Apple, Steve Wozniak, que, em novembro do ano passado, declarou que a plataforma móvel do Google será dominante muito em breve.

“Uma desvantagem é que a Apple foca seu próprio conteúdo apenas na iTunes Store, ou seja, o iPhone não é para todos. E é justamente nisso que o Android supera, ao oferecer uma ampla gama sob o lema para todos”, disse ele ao jornal holandês De Telegraaf.

Depois, ao tomar ciência da repercussão de seus polêmicos comentários, Wozniak tentou corrigir alegando ter sido mal interpretado. Mas o estrago já estava feito.

Tablet com Android é bizarro, COO da Apple



Na ausência de Steve Jobs, em nova licença médica, o chefe de operações da Apple, Tim Cook, parece que resolveu seguir direitinho a cartilha do chefe, sempre disposto a falar aquilo que pensa, doa a quem doer. E assim procedeu Cook durante recente anúncio dos resultados da companhia, ao qualificar os tablets rivais da Apple, que adotam o sistema Android, do Google, como produtos bizarros.

Na humilde opinião do COO da Apple, ao adotarem o sistema do Google, os tablets acabam sendo menores e levam a uma experiência que não é exatamente a de um tablet de verdade, mas de um smartphone gigante, um produto bizarro, avalia. Como se o ipad não fosse um iphone gigante.

Para ele, os consumidores não estão interessados nesse tipo de produto e, se colado lado-a-lado com um iPad, uma enorme porcentagem das pessoas escolherá o iPad. Falou então, Mr. Cook.

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